Quem
está de idade nova nesta segunda-feira (19) é Roberto Carlos, o
conhecido "Rei" da música brasileira. São oito décadas de vida. 80 anos
comemorados pelos inúmeros amigos, artistas e fãs. Nascido na cidade de
Cachoeiro do Itapemirim, Roberto iniciou a carreira com apenas 20 anos
de idade, lançando um disco com a música "Louco por Você", cujo disco
ele interditaria mais tarde. O primeiro disco oficial sairia em 1963,
com a música "Parei na Contramão". Era o início de uma das mais longevas
carreiras vitoriosas do Brasil.
Na década de 60, estourou com
sucessos estilo rock e que tratava em sua maioria de velocidade e de
"brotinhos", na época da Jovem Guarda. Músicas como "É Proibido Fumar",
"Calhambeque", "Aquele beijo que te dei", "Não quero ver você triste",
"Quero que vá tudo pro inferno", "Eu te darei o céu", "Eu sou terrível",
"Eu te amo, te amo te amo" foram algumas das canções mais tocadas nessa
época.
Nos anos 70, Roberto mudou seu estilo. Chocou a muitos,
quando lançou em 1970 a música "Jesus Cristo", sua primeira canção de
cunho religioso. O disco desse ano que também contém "Ana", "Preciso lhe
encontrar", "Minha senhora" e "Meu pequeno Cachoeiro" (música que
homenageia sua cidade natal) marcou uma reviravolta na carreira do Rei,
que deixou de lado o estilo roqueiro para adotar um tom romântico que o
consagraria.
No ano de 1971, a música "Detalhes" estourou nas
paradas de sucesso, juntamente com "Debaixo dos Caracois dos seus
cabelos", do mesmo disco. Outros grandes sucessos da década de 70 são "A
Montanha", "Como vai Você", "Proposta", "O Homem", "Eu Quero Apenas",
"O Portão", "Amigo" e "Fé". Ele homenagearia em seus discos a sua mãe
"Lady Laura" e o seu pai "Meu querido meu velho meu amigo".
Ainda
nos anos 70, Roberto iniciou seu tradicional especial de fim de ano na
Globo. A partir daí, era praticamente certo no Natal que além do Papai
Noel, haveria um novo disco de Roberto e um especial dele na Globo. Na
década de 80, canções como "Fera Ferida", "Emoções", "Caminhoneiro",
"Verde e Amarelo", "Amor Perfeito" e "Amazônia" se destacaram. Nos anos
90, o cantor atingiu uma façanha de se manter tanto tempo nas paradas de
sucesso. Nesse década, tornou-se comum homenagear diversos
profissionais ("O Velho Caminhoneiro" e "O Taxista"), bem como algumas
mulheres que costumam ser um pouco discriminadas pela sociedade, como as
baixinhas ("Mulher Pequena"), as gordinhas ("Coisa Bonita") e as
quarentonas ("Mulher de 40"). Nessas duas décadas, o cantor também
seguiu com músicas religiosas, entre as quais se destacam "Ele está pra
chegar", "Estou aqui", "Aleluia", "Apocalipse", "Luz Divina", "Nossa
Senhora", "Jesus Salvador", "Quando eu quero falar com Deus", "O Terço",
"Coração de Jesus", e "Meu Menino Jesus".
No final da década de
90, mais precisamente em 1999, o cantor lançou uma coletânea com seus
sucessos religiosos, e no final do ano, lançou um disco duplo com 30
grandes sucessos. Após a perca de sua mulher Maria Rita, o cantor tem se
dedicado em discos seguintes a homenageá-la, com canções tipo "Amor sem
Limite". Lançou em 2001 um acústico, em 2002 um ao vivo, em 2003 um
novo inédito, em 2004 um outro ao vivo e em 2005 um CD com regravações
de sucessos sertanejos.
De lá pra cá, o artista tem pouco lançado
novos trabalhos, sendo que deste período, se destacaram apenas "A Mulher
que eu amo (2009)", "Esse cara sou eu (2012)" e "Chegaste (2016)",
sendo que ele não tem lançado mais trabalhos anuais. Mas seu repertório
permanece na memória de brasileiros de diversas gerações.