O ano era 2003. Duas adolescentes, Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ambas com 16 anos, estavam passando o feriado do Dia do Trabalhador na Praia de Serrambi, município de Ipojuca. Elas caminhavam sozinhas, quando não foram mais vistas, no dia 03 de maio de 2003. Dez dias depois, as adolescentes foram encontradas mortas em um canavial no distrito de Camela, também em Ipojuca.
Na época, as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Pernambuco apontaram os kombeiros Marcelo José de Lira e Valfrido Lira da Silva como sendo os autores do crime que chocou o estado de Pernambuco. Porém, o resultado foi contestado várias vezes pelo Ministério Público. Na época, o promotor Miguel Sales chegou a devolver o inquérito, e as investigações foram parar na Polícia Federal, que assumiram as investigações e também concluíram que os kombeiros foram culpados pelas mortes. Eles chegaram a ser presos, mas alegavam inocência. Em 2010, ambos foram absolvidos por um júri popular.
Passados 18 anos, as dúvidas permanecem. O crime que mobilizou todo o estado na ocasião permanece sem punição. Um dos atores principais dessa novela sem fim já não está mais por aqui. O promotor Miguel Sales faleceu em 2014. E nesses 18 anos, o crime que chocou o estado segue impune. A sociedade continua perguntando: quem matou Tarsila e Maria Eduarda?
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